Archtriumph Biennale Pavillion in Venice
2º CLASSIFICADO
2013 | Veneza
MEMÓRIA DESCRITIVA
FICHA TÉCNICA
Qualquer cidade precisa de espaços verdes: espaços privilegiados de socialização e refúgios da vida quotidiana. Veneza é uma cidade dotada de poucos jardins, isolados uns dos outros num raio de 100 metros de distância. No sentido de colmatar esta necessidade, o pavilhão assume-se como um jardim flutuante, um espaço onde exposições e actuações artísticas se desenvolvem em harmonia com o meio natural.
Usando como referência o facto de Veneza ser descrita como sendo um autêntico labirinto, uma parte da malha urbana da cidade é implementada na plataforma-jardim, definindo os espaços verdes e criando caminhos e praças ao longo do seu desenho labiríntico.
Três eixos visuais são criados, ligando os edifícios mais simbólicos do espaço envolvente. Estes eixos são implementados no desenho da malha do jardim, redefinindo a sua complexidade e criando um sistemas de vistas que conecta o visitante com os edifícios mais emblemáticos de Veneza.
É proposto um auditório para a cidade e a praça, que estabelece uma relação directa com a Praça de São Marcos. Através do um eixo visual entre estes dois elementos é provocada uma inflexão, da qual resulta a forma curva do palco e da plateia/escadaria do auditório, que serve também de acesso ao pavilhão-jardim.
Deambulando pelo jardim, o visitante é convidado a explorar os espaços programáticos através dos cinco sentidos: visão, audição, olfacto, tacto e paladar. Cada espaço do pavilhão proporciona uma experiência sensorial nova e única, engrandecendo a vivência arquitectónica do espaço.
A nível da sustentabilidade, a plataforma é dotada de um sistema que recolhe, trata e reutiliza as águas das chuvas e da lagoa para uso futuro, nomeadamente para o abastecimento das fontes e para a rega dos espaços verdes.